sexta-feira, 7 de junho de 2013

Post Final

E chegamos ao nosso último post!

Este meio ano que se passou foi bastante corrido. Entre as produções de texto, vídeos, fotos e de todo o conteúdo, agora no final deixaremos um espacinho pra saudade, aquela sensação que aparece em todo final de semestre. Agradecemos a cada pessoa que passeou aqui pelo blog, cinéfilos ou não-cinéfilos, sejam alunos, professores, amigos, desconhecidos, alienígenas verdes, enfim, obrigada a todos que colaboraram com a gente, aos que estavam aqui do nosso lado, e aos que estavam aqui do nosso lado só que do outro lado da rede (porque afinal, essa é a graça da internet).

Fazer um trabalho sobre cinema brasileiro foi bastante interessante, alguns de nós, inclusive, começaram a expandir este repertório de filmes a partir deste projeto e, temos que admitir, essa parte foi uma delícia.
Por fim, vamos deixar aqui o link para a nossa pasta de produção, que é a reunião de toda a pesquisa teórica que nos foi necessária durante o trabalho, caso você queira dar uma olhada!



Vamos deixar também uma foto da nossa equipe para encerrar, pra você lembrar de como nós somos bonitos.



É isso aí, gente! Esperamos que vocês tenham se divertido com nossas piadinhas seeensacionais nossos posts e aprendido junto com a gente também. O blog pode ter chegado ao fim, mas nós adoraríamos continuar trocando figurinhas com vocês!

Tchau!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Desafio

Este é nosso penúltimo post e essa é a última chamada: queridos leitores, vocês já assistiram aos nossos filmes indicados?

Indicando um por semana aqui no blog, nós fizemos uma lista de dez filmes brasileiros, todos lindos, pra você conhecer. Entre comédias, dramas e até um documentário, nós temos certeza de que você vai se divertir, refletir e se emocionar. E esses filmes são tão bacanas que nos renderam um vídeo. Bolamos um roteiro, arranjamos figurinos idênticos só que não e a virgulana Olívia, toda extrovertida só que não, resolveu atuar. Nossas ceninhas te propõem um jogo. Metade dos filmes indicados estão lá e, se você assistiu a todos eles, vai saber na hora de que se trata. Se não assistiu, aí está um incentivo. Divirta-se :)




E aí, quantos filmes você conseguiu acertar? Se acertou todos, pode vir se gabar pra gente. Se não acertou nenhum, aqui está uma lista com os resultados que fizemos para os fracos você aliviar suas indagações.

Falando nisso, nós também fizemos um ensaio fotográfico com nossos indicados como tema. A ideia foi trazer os personagens para a nossa cidade, captando a essência de cada cena escolhida. Desta vez aparecem os dez filmes e você não precisa adivinhar quais são. Você também vai achar um figurino ou outro meio familiar, mas garantimos que o resultado ficou muito legal! Clique aqui para conferir

E por hoje é só. Já estamos preparando as lágrimas para nossa próxima e última postagem :'(

Tchau!

Entrevista!

Aaahhh aproveitem, porque nosso blog está chegando ao fim! Como vocês estão?

Nesta semana nós entrevistamos o professor José Augusto De Blasiis, que é expert na área de pós-produção cinematográfica. Pra você ter uma ideia, ele já trabalhou em filmes como Carandiru, Cidade de Deus, O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, À Deriva (um dos nossos indicados ♥) e enfim, o currículo é enorme!

Ele nos contou sobre a dificuldade de produzir cinema no Brasil, explicando sobre o mercado que é desregulado e a falta de mão de obra especializada. A tecnologia, que todo mundo sabe que não para de evoluir, também dificulta as coisas, porque tudo muda muito rápido e é difícil de acompanhar. E falando em tecnologia, o professor Zé, como é chamado, diz que estamos num período de “tripla transição”: a captação, exibição e pós-produção dos filmes estão se tornando digitais. Ela parece bem moderninha, mas na verdade a tecnologia digital já está presente na pós-produção de filmes há uma década, e já era hora de ir para outros nichos, não acha?

Como não temos 1 milhão de dólares para nos divertir dinheiro pra caramba, o lado financeiro também atrapalha na hora de produzir um filme. Vivemos num país corrupto, você já pode imaginar o que acontece... Fora que muito do que se produz de roteiro no Brasil ainda deixa a desejar. Precisamos de pessoas que saibam cativar o público através de “estruturas narrativas modernas”, fica a dica! :)

E mesmo com a carência por profissionais, o mercado ainda é muito fechado. O famoso “QI” continua abrindo portas eike vontade de ser amiga do Rodrigo Santoro, e é triste saber que menos da metade dos que se formam em algum curso da comunicação não conseguem emprego na área (talvez isso seja reflexo do ensino no nosso país, que ainda precisa se aprofundar na parte prática :P)

Mas NÃO desanime se você for daqueles que querem produzir cinema. Toda essa dificuldade vale a pena quando o filme está na telona. Trabalhar nessa área pode ser prazeroso, e também pode dar lucro. Se você gosta, coloque a mão na massa, mas antes procure por conhecimento. Começando por assistir na íntegra a nossa entrevista com o professor Zé. Quem sabe não te inspira?


Até mais \o

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Vera Cruz

 E aí, gente?

Uma coisa muito pertinente da qual ainda não falamos aqui no blog é sobre a indústria cinematográfica do Brasil. Claro que essa indústria não é como Hollywood, que produz um filme atrás do outro, e também não é como a nossa televisão, que trás novelas e minisséries super produzidas mais rápido do que podemos imaginar. Mas nós já tivemos um polo cinematográfico muito forte e, você já deve ter adivinhado o nome, esse polo era o Vera Cruz.
Localizada em São Bernardo do Campo, aqui em São Paulo, a empresa foi fundada em 1949 e, em poucos anos, produziu mais de quarenta filmes, entre curtas, médias e longa-metragens. O polo ainda lançou um gênero novo: filmes de sertão. O Cangaceiro, de 1953, dirigido por Lima Barreto, foi o filme da empresa que mais fez sucesso, ganhando até dois prêmios no festival de Cannes.


Outro ponto positivo foi a descoberta do eterno Mazzaroppi, que mais tarde montou sua própria produtora, mas que teve seu início no Vera Cruz. Além de bom ator, também produzia e colaborava no roteiro da maioria de seus filmes. O primeiro deles foi Sai da Frente, de 1952, que conta a história do dono de um caminhão cujo melhor amigo, um cachorro, chama-se Coronel. Mazzaroppi esteve presente em mais de trinta filmes e um deles, por sinal produzido pelo Vera Cruz, está entre nossos indicados, vai lá procurar pra assistir, que você vai gostar tanto quanto a gente :)


O idealizador da Companhia Vera Cruz de Cinema foi Franco Zampari, ele investiu loucamente na empresa, mas as produções eram muito caras e não davam o retorno esperado, além disso a distribuição era precária e ainda era preciso competir com o cinema americano. Nessa época, inclusive, o nosso governo pagava pra ter filmes americanos exibidos aqui. A equipe também não era muito grande, então as pessoas acumulavam funções. Uma mesma pessoa precisava co-produzir, co-dirigir e co-roteirizar, não havia uma mão de obra especializada. Essa bagunça toda gerou a decadência da empresa.
As coisas infelizmente não saíram como o planejado, mas filmes continuaram sendo produzidos até 1976 e, apesar de tudo, a empresa ainda funciona, mas agora é só distribuidora.
Vale relembrar alguns filmes:

Painel, 1950, documentário dirigido por Lima Barreto (o primeiro filme produzido)

Caiçara, 1950, dirigido por Adolfo Celi

Ângela, 1951, dirigido por Abílio Perreira

Sinhá Moça, 1953, dirigido por Tom Payne

Você pode conferir algumas imagens dessas produções no nosso álbum:

Clique aqui e conheça um pouco da história
A boa notícia é que tem um pessoal tentando reerguer esse legado. Começando pelo básico e essencial – a educação – o CAV, Centro de Audiovisual, localizado na mesma cidade da antiga Vera Cruz, a partir deste ano passou a oferecer cursos gratuitos de cinema, TV e animação. Se tudo der certo, teremos mais pessoas pessoas capacitadas pra fazer mais filmes legais pra gente :D
Enquanto isso, você pode se deliciar com os filmes que o Vera Cruz já fez, ainda mais se você gosta de coisa antiga. E, se não gosta, tá aí uma oportunidade pra mudar de opinião!

Até a próxima o/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Cinemas na cidade


Olá, cinéfilos!

Vimos no primeiro post que São Paulo é a cidade brasileira com mais salas de cinema. Mas às vezes a gente está acostumado a frequentar sempre o mesmo cinema e esquece que nem todos são iguais e nem têm os mesmos objetivos. Você um dia já foi chamado pra ver um filme e se perguntou por que o seu amigo escolheu um cinema tão longe, até chegar no local desconhecido e ter uma epifania. Ou não! Mas você certamente já escolheu um shopping por causa da qualidade que as salas daquele cinema ofereciam. Poltronas confortáveis que permitem abraçar seu namorado com mais facilidade, a quantidade de lugares disponíveis, o tamanho da tela, o pessoal que costuma ir lá, o gosto da pipoca, as tranqueiras que você pode comprar além da pipoca, ou até as cores e o design do local, tudo pode influenciar a sua escolha. Geralmente, os cinemas dos shoppings procuram por inovações tecnológicas, como o JK Iguatemi, que possui uma sala de cinema 4D. Essa tecnologia é pioneira na América do Sul e gera efeitos de luzes, movimentos, som e muito mais para dar a sensação de que estamos dentro do filme. O preço não é lá tão interessante quanto, mas a experiência parece valer a pena.
Ademais, os cinemas de shopping normalmente investem nos últimos lançamentos e nos filmes carregados de ação e efeitos que fazem o público vibrar. Mas algumas sessões têm preço especial. É comum que estas sejam exibidas na parte da tarde, com filmes sem muita bilheteria, aqueles que a galera não está muito afim de ver e, adivinha, os nacionais estão bombando entre eles. O que não é ruim, se você pensar pelo lado de que podemos prestigiar nossos filmes sem gastar muito.

Mas nem só de shopping vive o cinema e o público. Os cinemas de rua também são bastante frequentados, principalmente os da Paulista e os da Augusta. A diferença no espaço dessas salas aparece de cara, como na decoração, que pode estar de acordo com o Festival do mês ou em homenagem a alguma personalidade importante da sétima arte. A pipoca cheia de manteiga sai de cena, mas em compensação tem um pipoqueiro na calçada, que serve pipoca salgada e doce, com muito leite condensado! :D É claro que os filmes exibidos e até o público também mudam um pouco. É mais comum vermos em cartaz aqueles filmes cabeça, de arte mesmo, coisa que o cinema nacional tem feito muito bem. A Febre do Rato, que estava em cartaz no CineSESC, atraiu um grande público. Quando duas virgulanas aqui foram assistir, a sala estava lotada! O preço da sessão nos cinemas de rua geralmente é mais acessível, e há incentivo para as pessoas irem de metrô e bicicleta - afinal, o interesse de arrecadar $$ de estacionamento é bem menor.

Nós fizemos um álbum com alguns cinemas legais de São Paulo, pra você visualizar melhor o que estamos falando e ficar com vontade de visitá-los:

Clique aqui para ver o álbum

Inclusive, três dos cinemas fotografados estão nesta lista do Guia Folha, que trás ainda outras opções interessantes de cinema pra gente conhecer:

Fonte: Fanpage do CineSESC


Diante de tudo isso, a gente percebe que a cidade se molda de acordo com as necessidades culturais, olha que coisa bonita.

E na verdade nem é só o espaço urbano que se beneficia e quer participar disso. Curiosidade: Essa família do interior do Paraná criou uma sala de cinema em sua própria fazenda!

E depois de tudo isso, é engraçado pensar que hoje em dia a gente nem precisa de um espaço físico pra ver filme. Vivemos na era da convergência midiática. O termo é assustador, mas o significado nem tanto: são os meios de comunicação se adaptando à internet. Ou seja, graças à tecnologia, hoje você pode assistir aos seus filmes favoritos no seu computador, tablet, celular e por aí vai. Claro que a gente não vai largar as salas de cinema, elas fazem parte da nossa cultura e estão na nossa história há décadas. Mas olha só, por conta da convergência e da tecnologia, alguns festivais têm foco em produções feitas com a câmera do celular! Isto quer dizer que, além de executar seu bom papel de cinéfilo, seja em casa ou nos cinemas de rua ou de shopping, se tiver uma boa ideia você também pode executar o papel de cineasta ;)

E enquanto você conhece mais filmes ou produz os seus próprios, a gente vai preparando uma nova postagem pra você. Até lá!